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Fórmula 1 no Brasil: entenda mais sobre o esporte!
13 ago

Fórmula 1 no Brasil: entenda mais sobre o esporte!

O Brasil tem um grande legado quando o assunto é Fórmula 1. É difícil pensar na modalidade sem lembrar dos grandes pilotos brasileiros, suas conquistas, recordes e as histórias dos Grandes Prêmios disputados por aqui — em Interlagos ou Jacarepaguá.

A história da Fórmula 1 no Brasil foi sendo construída ao longo de cada uma daquelas manhãs de domingo e criou ídolos e mitos que enobrecem o esporte nacional.

Por isso, a seguir, mergulharemos a fundo nesse esporte para conhecer melhor os principais personagens e lugares que marcam a elite do automobilismo mundial.

Vamos nessa?

Maiores pilotos da Fórmula 1 no Brasil

1. Ayrton Senna

161 corridas, 65 pole positions, 41 vitórias, 80 pódios, 3 títulos mundiais (1988, 1990 e 1991)

Senna é reconhecido internacionalmente como o maior piloto de todos os tempos. Foi a figura responsável por transformar a imagem da Fórmula 1 no Brasil, alçando o interesse do público ao nível do futebol. Um piloto de extrema confiança, elevou os padrões da modalidade ao realizar feitos incríveis durante sua carreira (passou pela Toleman, Lotus, McLaren e Williams).

2. Nelson Piquet

204 corridas, 24 pole positions, 23 vitórias, 60 pódios, 3 títulos mundiais (1981, 1983 e 1987)

Piquet como piloto era sinônimo de arrojo. Como uma pilotagem agressiva, esteve entre os melhores do seu tempo e até hoje é um nome de muito prestígio na Fórmula 1. O piloto brasileiro que mais chegou perto de Senna, igualou seu número de títulos mundiais no cenário extremamente competitivo dos anos 80. Na modalidade, Piquet pilotou pela Ensign, McLaren, Brabham, Williams, Lotus e Benetton.

3. Emerson Fittipaldi

144 corridas, 6 pole positions, 14 vitórias, 35 pódios, 2 títulos mundiais (1972 e 1974)

Fittipaldi é um ícone do automobilismo mundial. Um piloto técnico, fez uma das carreiras mais brilhantes de um brasileiro na F1. Passou pelas britânicas Lotus e McLaren, antes de fundar sua própria equipe: a Copersucar-Fittipaldi. Emerson criou um legítimo clã de automobilistas, colocando seu nome e família como sinônimo de velocidade e competição ao redor do mundo.

4. Rubens Barrichello

326 corridas, 14 pole positions, 11 vitórias, 68 pódios

Rubinho está entre os nomes brasileiros mais respeitados na Fórmula 1. Construiu uma longa carreira, baseada em regularidade, que ajudou a Scuderia Ferrari a criar uma dinastia de títulos enquanto fez dupla com Michael Schumacher. Em 19 anos na categoria, passou pela Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn e Williams. Até hoje, mantém o recorde de maior número de corridas por um piloto na Fórmula 1, com 326.

5. Felipe Massa

272 corridas, 16 pole positions, 11 vitórias, 41 pódios

Massa foi o último dos grandes nomes da Fórmula 1 no Brasil a atingir uma posição de destaque na categoria. Um piloto rápido e agressivo, foi ganhando espaço desde que entrou na modalidade pela Sauber. Na Ferrari, chegou muito perto do título mundial em 2008, mas esteve sempre entre os melhores classificados. Massa foi o primeiro brasileiro a vencer o Grande Prêmio do Brasil depois de Senna. Um jejum que foi de 1993 até 2006.

Maiores pilotos do mundo

Michael Schumacher

O alemão é um dos únicos que consegue criar discussões e comparações com Ayrton Senna. Muito por conta de seus números. Durante sua carreira, Schumacher conquistou sete títulos (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004), venceu 91 vezes e somou 155 pódios. Passou pela Jordan, Benetton, Ferrari e Mercedes, mas foi no time italiano que teve maior destaque, com um forte domínio nos anos 2000.

Juan Manuel Fangio

O argentino Fangio é a imagem dos primórdios da Fórmula 1. Seus feitos numa época em que os carros eram completamente diferentes e a segurança menor o colocam entre os maiores pilotos de todos os tempos. Na primeira década da categoria, Fangio conquistou nada menos do que cinco títulos (1951, 1954, 1955, 1956 e 1957). Correu pela Alfa Romeo, Maserati, Mercedes e Ferrari, vencendo o mundial por cada uma delas, um recorde no esporte.

Alain Prost

Conhecido por um estilo de pilotagem elegante, o francês se coloca entre os melhores da história da Fórmula 1 por ter conseguido resultados competindo com Ayrton Senna, com quem teve uma forte rivalidade nas pistas, apesar da amizade entre eles. Prost venceu quatro mundiais (1985, 1986, 1989 e 1993). Correu pela McLaren, Renault e Ferrari.

O Grande Prêmio de Fórmula 1 no Brasil

O GP do Brasil de Fórmula 1 acontece desde 1972 e faz parte do calendário da modalidade desde 1973. Acontece todos os anos no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, na cidade de São Paulo. Em 1978, e de 1981 a 1989, o evento ocorreu no Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Em Interlagos, é um dos poucos GPs a ter sentido anti-horário. Ao longo dos anos, o autódromo recebeu melhorias e adaptações, acompanhando o desenvolvimento da F1. Interlagos é conhecido como um circuito muito prazeroso pelos pilotos, com o ‘S do Senna’, ótimas retas e pontos de ultrapassagem.

Já foi por duas vezes escolhido o Grande Prêmio do ano pela FIA. Também mantém ótimos índices de audiência, por sua realização no final da temporada.

Os brasileiros que já venceram o GP do Brasil são: Emerson Fittipaldi (2), José Carlos Pace, Nelson Piquet (2), Ayrton Senna (2) e Felipe Massa (2).

Regras e curiosidades da Fórmula 1

Pontuação

Depois de mudanças ao longo do tempo, desde 2010 a pontuação da Fórmula 1 é dividida assim:

  • 1º lugar – 25 pontos;
  • 2º lugar – 18 pontos;
  • 3º lugar – 15 pontos;
  • 4º lugar – 12 pontos;
  • 5º lugar – 10 pontos;
  • 6º lugar – 8 pontos;
  • 7º lugar – 6 pontos;
  • 8º lugar – 4 pontos;
  • 9º lugar – 2 pontos;
  • 10º lugar – 1 ponto.

Os pilotos classificados nessas posições somam pontos para a classificação individual e por equipes. Na classificação por equipes, os dois pilotos de cada construtora somam os pontos em busca do título.

Treino de classificação

Também alvo de mudanças e melhorias, a classificação para as corridas atualmente funciona assim:

  • Q1: todos os 20 pilotos na pista por 20 minutos, os 5 mais lentos são eliminados e os 15 demais avançam ao Q2;
  • Q2: todos os 15 classificados na pista por 15 minutos, os 5 mais lentos são eliminados e os 10 demais avançam ao Q3;
  • Q3: fase final, todos os 10 na pista por 10 minutos, ao final do tempo são classificados do mais rápido ao mais lento, formando o grid de largada.

Punições

Todos pilotos estão suscetíveis a punições de acordo com o regulamento. Levam a punições infrações durante os treinos ou a corrida, como: queimar a largada, causar um acidente desnecessário, fechar outro piloto de maneira injusta, ultrapassar o limite de velocidade nos boxes.

As punições mais comuns são de tempo na classificação final, como adicionar 10 segundos ao piloto ou o drive-through, quando piloto é obrigado a passar pelos boxes, perdendo tempo na corrida.

Parc fermé

Esse é um espaço fechado e seguro dentro do paddock, onde os carros são pesados e passam por outras checagens solicitadas pelos oficiais.

As equipes precisam deixar o carro no local até três horas e meia depois do fim da classificação. Então os carros ‘dormem’ lá e são retirados a partir de cinco horas antes da volta de apresentação da corrida

Safety Car

A função desse carro é manter as condições da pista seguras durante qualquer momento de um Grande Prêmio. É pilotado por alguém com experiência no circuito, junto de um observador da FIA, que mantém os oficiais informados sobre a situação na pista em caso de um acidente ou complicações com o clima.

Ele pode entrar na pista e controlar o grid inteiro com uma velocidade limitada até que condições seguras sejam confirmadas.

O futuro da Fórmula 1 no Brasil

Depois de anos de glórias, com pelo menos um brasileiro no grid, em 2018, a F1 ficou sem um representante do Brasil. Não por falta de talento e mais pela crise econômica que dificulta o interesse das empresas em patrocinar pilotos ou equipes, investindo em um piloto brasileiro.

No entanto, o cenário não é dos piores. Com brasileiros envolvidos em programas de desenvolvimento e nas categorias que são porta de entrada da Fórmula 1, a perspectiva é que em breve o país volte a ter um piloto competitivo na maior categoria do automobilismo mundial.

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