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02 maio

Volta de Victor, o “Senhor Libertadores”, coincide com melhora nos números da zaga do Atlético-MG

Nos últimos três jogos, desde que o camisa 1 voltou à meta atleticana, o time não sofreu gols. Coincidência?

Não há o que discutir: o goleiro Victor já está, há algum tempo, entre os maiores ídolos da história do Atlético-MG. Foram dele as defesas mais importantes da história do clube, em 2013, na conquista inédita da Libertadores. É dele a camisa 1 titular do Galo desde que chegou, em 2012, e dele também toda a confiança do torcedor alvinegro, além da fama de “milagreiro”. E mais um dado: Victor é o recordista de jogos de Libertadores na história do clube. Já disputou 38 partidas na competição. Por isso, sabe bem o “caminho das pedras”.

– A Libertadores é um campeonato diferente. Um pouco mais de disputa física, às vezes com os campos que não favorecem tanto o jogo com a bola no chão. Tem que ter essa leitura. Sempre importante fazer a lição de casa, sempre importante buscar ponto fora. Se não três, pelo menos um. São jogos que você tem que estar próximo do erro zero, porque qualquer descuido pode ser fatal.

“A Libertadores é um campeonato diferente. Um pouco mais de disputa física, às vezes com os campos que não favorecem tanto o jogo com a bola no chão. Tem que ter essa leitura”

Em 2017, o “São Victor” ainda não sofreu gols. Tudo bem que foram apenas três jogos, já que ele ficou fora por quatro meses em função de uma lesão no ombro direito, mas foram partidas decisivas: Libertad-PAR (vitória por 2 a 0, na Libertadores), URT (vitória por 3 a 0, na semifinal do Mineiro) e Cruzeiro (empate sem gols, na final do Estadual). O bom desempenho defensivo, claro, não é responsabilidade apenas dele.

Outros jogadores também tiveram grandes atuações nos últimos jogos. É o caso de Gabriel, por exemplo, que se recuperou de algumas falhas e fez um jogo impecável contra o Cruzeiro. Marcos Rocha, já experiente, que mesmo pressionado por parte da torcida, teve excelentes atuações. Rafael Carioca, que depois da mudança de esquema e da aproximação de Elias na marcação no meio-campo também evoluiu. O sistema defensivo do Galo, como um todo, tem atuado bem.

Com os goleiros reservas – Giovanni e Uilson -, foram 18 jogos na temporada (sem contar o Torneio da Flórida, que foi disputado com um time alternativo) e 17 gols sofridos. Com o titular, até aqui, três jogos e nenhum gol adversário. Quando questionado sobre a “coincidência” de a defesa melhorar exatamente no momento da sua volta, Victor fez questão de dividir o mérito pelas boas atuações da defesa atleticana com os companheiros.

– O fato de não termos sofrido gols nos últimos três jogos passa muito pelo trabalho defensivo que estamos fazendo. Todo mundo tem demonstrado um grande comprometimento no que diz respeito à marcação, não só os jogadores de defesa. Começa no ataque, o time tem se encaixado no sentido de fechar os espaços do adversário. Tem muito a ver com o trabalho individual também. Jogador trabalha, se prepara, está confiante. Posso ter alguma parcela de contribuição, mas acredito muito na preparação individual e na confiança que esses jogadores têm. O Gabriel, por mais jovem que seja, é um jogador de muita personalidade. O Rocha, apesar de ainda jovem, é um jogador experiente, com muito tempo de casa. Prefiro creditar muito mais ao trabalho deles do que à minha presença na meta do Atlético.

“São Victor” e o restante do elenco alvinegro encaram o Sport Boys nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), na casa do adversário, pela Libertadores. Se vencer, o Galo chega a 10 pontos e encaminha a classificação às oitavas de final.

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