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Vice-campeão invicto: relembre o histórico Atlético de 77
15 abr

Vice-campeão invicto: relembre o histórico Atlético de 77

Um dos maiores times do Atlético e da história do futebol Brasileiro, o time de 1977 foi vice-campeão de forma invicta do Campeonato Brasileiro daquele ano. Um feito inusitado, que confrontou uma campanha inigualável com algumas polêmicas, mas, ainda assim, marcou o início de uma era de hegemonia no estado e de estabelecimento como uma das maiores forças do cenário nacional para o Galo. Você quer conhecer melhor a história do Atlético de 77? Continue lendo, no artigo de hoje vamos lembrar a epopeia vivida pelo timaço que acabou sendo vice-campeão invicto!

A campanha do Atlético de 77 no Campeonato Brasileiro

Como era comum na época do regime militar, o Campeonato Brasileiro de 1977 foi organizado com muitas interferências, começando apenas na segunda quinzena de outubro com 62 clubes e se estendendo até o ano seguinte. Dividido em três fases de grupos até a classificação para as semifinais, foi o primeiro Brasileirão decidido por uma disputa de pênaltis.

Até a final contra o São Paulo, o Galo foi o time de melhor campanha, tendo vencido 17 partidas e empatado apenas três. Numa época em que a vitória valia apenas dois pontos, isso significou 10 pontos de vantagem sobre a segunda melhor campanha, justamente a dos sao-paulinos.

A supremacia era demonstrada além dos pontos, o Atlético teve o melhor ataque da competição disparado. Liderado por Reinaldo, o ofensivo time de Barbatana venceu Santos, Remo, Santa Cruz, Grêmio, Bahia e o grande rival Cruzeiro duas vezes, praticando sempre um grande futebol.

Reinaldo foi o artilheiro do campeonato, marcando 28 gols em 18 jogos e estabelecendo um recorde de gols que só foi quebrado 20 anos depois, ainda assim em muito mais partidas disputadas. A média de 1,55 gols por partida, no entanto, dificilmente será quebrada um dia.

O time base do vice-campeão invicto

No Mineirão, 0x0 contra um fechado e aguerrido São Paulo. Prorrogação e nada de gols. Na fatídica derrota nos pênaltis, o Galo entrou em campo com: João Leite, Alves, Márcio, Vantuir, Valdemir, Toninho Cerezo, Ângelo, Marcelo Oliveira (Paulo Isidoro), Serginho, Caio Cambalhota (Joãozinho Paulista) e Ziza. O técnico era Barbatana.

João Leite defendeu os dois primeiros pênaltis do tricolor, mas Cerezo, Joãozinho e Márcio mandaram suas cobranças por cima do gol e o Galo ficou com o vice.

A polêmica suspensão de Reinaldo

Por ter sido expulso no jogo contra o Fast Club, o atacante atleticano foi julgado e condenado à suspensão que deveria ser cumprida exatamente na partida final, mais de um mês depois do cartão vermelho. Essa partida foi justamente a única em que o Atlético não marcou gols em todo o campeonato.

Os anos seguintes do Galo

Entre 1978 e 1983 o Galo chegou ao hexacampeonato mineiro e foi mais uma vez vice do Brasileiro em 1980. O clube sempre mostrou ao mundo um excelente futebol, protagonizado pelos grandes nomes que já estavam no time em 1977, como Cerezo, João Leite e Reinaldo, contando na sequência com Luisinho, Jorge Valença, Palhinha e Éder, o bomba de Vespasiano.

A dor da perda do título foi capaz de comover todos os envolvidos. Jogadores, comissão técnica, imprensa e até adversários, mas, principalmente, os torcedores, daqueles que viveram os momentos inacreditáveis no Mineirão, com a orelha no radinho de pilha, ou ainda dos que sempre ouviram dos pais e avós os encantos proporcionados por um dos maiores times de todos os tempos: o Galo de 1977.

O Atleticano, talvez mais do que ninguém, sabe que futebol tem dessas coisas. E não foi — como não é e jamais será — a falta de uma medalha de metal qualquer que tirou o brilho e o orgulho do peito com o escudo alvinegro, que é feito de raça acima de tudo.

Gostou de conhecer mais sobre o Atlético de 77? Tem alguma memória do time vice-campeão invicto pra contar? Deixe um comentário pra gente aqui no post!

Fonte da imagem: bit.ly/710.ref

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  1. JOSE 12 de julho de 2022 as 15:38 O seu comentário está aguardando moderação.

    Era criança, mas caiu um toro que nem deu jogo. No jogo, além do Neca estourar o joelho do Angelo, meio campista do Galo, Chicao pisou no seu tornozelo enquanto ele se arrastava. O pior é que o juiz, Arnaldo Cezar Coelho, somente deu um cartao amarelo ao Neca (o Chicão ficou incolume).

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  2. Eliane Simião 13 de junho de 2022 as 21:13 O seu comentário está aguardando moderação.

    Triste mesmo foi o Neca quebrar a perna do Ângelo e o Chicão pisar na perna em seguida. Nunca mais o Ângelo jogou bola. E o São Paulo foi campeão… Triste demais

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  3. adir Tavares 1 de janeiro de 2020 as 18:13

    fatos inedito que marcaram a trajetoria das grandes amarguras do esporte bretao pelo brasi o vice brasileiro invicto do brasileiro pelo c atl mineiro 1977 /78 o incrivel lance de pele contra o uruguai em 70 no Mexico a perda copa 82 na ESpanha alem da trapalhfatos jamais serao esquecidosada da arbitragem no serra Dourada em GOias .Estes acontecimentos farao parte da historia do futebol

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