O MMA no Brasil é visto como um dos maiores esportes da atualidade, mas acredite: isso nem sempre foi assim.

Essa modalidade das artes marciais, que antes era conhecido como “Vale Tudo”, sofreu modificações até chegar em seu formato atual, com regras mais claras e categorias mais definidas.

No post de hoje, você ficará por dentro da maravilhosa história desse esporte de contato que tanto cresce a cada ano. Continue a leitura e confira!

A criação do melhor estilo de luta de todos os tempos

Você sabia que parte do MMA nasceu no Brasil?

Nos anos 20, a famosa família Gracie já treinava sua curiosa variação do Jiu-Jitsu. Diferentemente da arte tradicional, nessa modalidade era necessário menos força física para deferir os movimentos, e boa parte da luta se baseava em alavancas e golpes que pusessem o adversário em uma posição de submissão.

Conforme a arte da família Gracie se aperfeiçoava, mais a necessidade de um teste a altura tomava forma. Nos anos que se seguiram, os “Gracies” — como são chamados — criaram vários desafios que colocavam à prova toda arte marcial desenvolvida.

Esses desafios ficaram conhecidos como “Desafios Gracie” (ou “Gracie Challenges”). O formato era simples e consistia em colocar dois atletas com pesos distintos e artes marciais diferentes no mesmo ringue para provar qual arte era mais eficaz em um combate.

Com várias vitórias subsequentes, o Jiu-Jitsu brasileiro — que também ficou conhecido como Brazilian Jiu-Jitsu ou BJJ — começou a ganhar fama e seguidores ao redor do mundo, o que fez com que nos anos 90 esses desafios se transformassem no famoso “Vale Tudo”.

De pequenos eventos para um campeonato mundial

O Vale Tudo foi ganhando força, e a família Gracie se dirige aos Estados Unidos para popularizar ainda mais a sua arte marcial e a maneira brasileira de lutar.

Os desafios, que até então conseguiam chamar bastante público para as lutas, evoluíram e se tornaram com a ajuda de Art Davie — empreendedor americano — um campeonato mundial para decidir de maneira definitiva qual era o melhor lutador e o melhor estilo.

Semelhante às lutas que a família Gracie propunha para os seus adversários, o Ultimate Fighting Championship, popularmente conhecido como UFC, impulsionou a ideia de que lutadores de várias artes marciais e de diferentes pesos poderiam se enfrentar em um ambiente “controlado” e com alta exposição ao público.

O UFC aconteceu e durante as suas duas primeiras edições — que muitos dizem terem sido as mais “hardcore”, em função da falta de regras — tiveram como vencedor nada mais nada menos que Royce Gracie, o que colocou não só o Brasil mas também a nova arte marcial criada pela família nos mais altos patamares mundiais.

A consolidação de um novo esporte

Nos anos seguintes, o UFC continuou a evoluir. O conceito da mistura de artes marciais foi introduzido — o que ajudou a dar o nome de Mixed Martial Arts (MMA) — no campeonato, assim como a separação por categorias de peso e a inclusão de regras para deixar o esporte mais “limpo” e mais seguro para os atletas.

Desde então, vários outros eventos surgiram e vários grandes atletas de renome apareceram, boa parte deles sendo brasileiros.

Nomes consagrados e novos talentos — como Anderson Silva, José Aldo, Vítor Belfort, Wanderlei Silva, Claudia Gadelha, Cris Cyborg, Kenya Miranda, entre tantos outros atletas — têm mostrado a soberania da técnica de luta das terras tupiniquins.

Deixando de ser apenas um estilo e se tornando praticamente um requisito indispensável para se tornar um grande lutador de MMA, o BJJ ajudou a consolidar e a criar um esporte que está em franca evolução até os dias de hoje.

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