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17 abr

Roger analisa possível mudança de esquema e ausência de camisa 10 ‘clássico’ no Galo

Técnico do Galo diz que, mesmo com três volantes em campo, os jogadores ofensivos ainda terão que ajudar na marcação, como pede o futebol moderno

O Atlético de Roger Machado tem um esquema tático definido. A equipe joga no 4-1-4-1, com Rafael Carioca como volante e Elias adiantado para a linha do meio-campo, ao lado de Robinho, Otero e Cazares. Fred é o centroavante isolado. Para um melhor rendimento da equipe, o treinador pede para que todos ajudem na marcação, principalmente os meias estrangeiros, que atuam pelos lados.

Após o empate com a URT, o técnico alvinegro foi perguntado se essa grande entrega, principalmente de Cazares, Otero e Robinho, vem prejudicando a criação no setor ofensivo do Galo. Além disso, o treinador foi questionado se uma mudança de esquema (para atuar com três volantes) poderia ser uma solução para o melhor rendimento ofensivo da equipe.

Roger não vê ligações entre as duas situações e afirma: sete não podem correr para três ficarem livres, no ataque.

“Com o tripé de volantes no meio, você fica com o time bastante pesado, e os lados vão precisar ser preenchidos de qualquer forma. Não pode ficar sete marcando e três livres. Não existe mais esse tipo de jogo. Hoje todos têm que marcar. Se os volantes marcam os lados, o meio fica aberto. O futebol pede que todos marquem e todos joguem”, disse o treinador.

Se optar pela mudança de esquema, Roger teria Adilson ao lado de Rafael Carioca e Elias. Com isso, Cazares e Otero lutariam pela vaga no time, já que Robinho é praticamente titular incontestável.

’10 clássico’

Outro questionamento a Roger foi sobre a ausência de um camisa 10 ‘nato’ no time do Atlético. Cazares é o que tem características mais próximas do que se espera de um jogador da posição, mas vem atuando pelo lado, diferentemente do que joga um armador clássico.

O técnico cita que o Atlético tem três jogadores com condições de armar o time, mas que não pode colocar todo mundo centralizado em campo. Roger afirma ainda que existem outras formas de uma construção de jogo além do camisa 10 clássico.

“O Cazares, nas vezes que esteve em campo, é o maior assistente da temporada, jogando pelo meio e também aberto, articulando o time. O Robinho, por dentro, também é um articulador, assim como o Otero. Só que não dá para todos jogarem por dentro. Você tem que equilibrar a equipe, ter uma marcação forte nos corredores, para acompanhar a passagem dos laterais. O Robinho por dentro, me dá a construção. O Cazares pelo lado me dá a proteção para dobrar a marcação pelas laterais e participa da criação. O Cazares foi muito bem nisso enquanto esteve em campo. Só que é uma função desgastante. Por dentro, o Robinho tem um esforço menor. O Otero tem a liberdade de jogar por dentro na troca com o lateral. Hoje, no Brasil, se fala muito no 10 nato. Mas não consigo entender o motivo disso, talvez pela característica de nosso futebol. Hoje existem outras formas de construir o jogo, como fazer a retenção da bola por trás da linha do adversário”, concluiu.

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