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30 out

O Flamengo em 2017

A derrota do Palmeiras fez cair para cinco pontos a diferença em relação ao Flamengo, que empatou no fim o jogo que ganhava e onde levou uma virada que traiu o jornalista, que se precipitou e a julgou definitiva. De toda sorte, o 2×2 no jogaço entre atleticanos e flamenguistas me parece o abraço dos afogados. Os mineiros não conseguirão passar cariocas e paulistas em 5 jogos e foram ultrapassados pelo Santos, agora terceiro colocado. Os cariocas seguem vice-líderes, não alcançarão os paulistas até quatro de dezembro. Projeção que pode ser desmentida pelos fatos, sim, risco do ofício do jornalista que dá a cara para a pancada ou o carinho, erra e acerta.

O Flamengo já foi campeão brasileiro em 2009 numa arrancada espantosa. Contra qualquer prognóstico, levou o hexa até então impensável. Pau que dá em Xico, dá em Francisco; o Flamengo fez 4×2 no América em pleno México e levou 3×0 no Maracanã, sendo eliminado da Libertadores que parecia fadado a ganhar. Bipolaridade é do futebol, mas num clube com a grandeza imensurável do Flamengo se torna mais chocante. O time de Zé Ricardo bateu no teto em qualidade e desempenho físico na hora grande do campeonato. Fez dois pontos dos últimos nove disputados contra Inter, Corinthians e Atlético-MG. No fim de semana, terá um clássico contra o Botafogo, enquanto o Palmeiras recebe o Inter em São Paulo.

Zé Ricardo é responsável pela grande campanha flamenguista, mas pagará preços até a maturidade. Anda fazendo experiências no time quando melhor seria repeti-lo em peças ou, pelo menos, em desenho tático. No Mineirão, suas mexidas não foram boas. Levou a virada, encontrou o empate. No ano que vem, o treinador estará mais maduro e o Flamengo, reforçado. Sua presença na Libertadores, com os devidos reforços que já são tratados pela diretoria, lhe dá prévia candidatura forte ao título que conquistou em 1981 com o melhor time de clube que vi jogar na vida.

Nas redes sociais, a maioria dos flamenguistas foi bem-humorada e criativa me zoando pelo tuíte em que dei por virado o jogo contra o Atlético-MG. A minoria, barulhenta, optou pela grosseria. Aos primeiros, meu abraço e meu reconhecimento da precipitação. Aos demais, restou o block puro e simples. A gestão de Eduardo Bandeira de Mello, ao que tudo indica, levará o Flamengo, no curto prazo, a ser o que já deveria ser há mais tempo: prévio candidato forte a todo título que disputar.

Fonte

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