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25 jul

Micale quer recuperar agressividade do Atlético-MG: ‘É uma convocação, não é um convite’

O Atlético-MG apresentou seu novo treinador nesta segunda-feira. Rogério Micale será o responsável por reabilitar a confiança do time no Brasileiro, sair da má fase e avançar nos mata-matas da Libertadores e da Copa do Brasil. E ele garante: foi convocado.

Com contrato até o final da temporada, o técnico que já trabalhou nas categorias de base do clube está de volta. Após sair da seleção brasileira sub-23, estava dando palestras na China quando recebeu o contato do presidente Daniel Nepomuceno.

“Depois da Olimpíada, tentei me aperfeiçoar mais, aprender outras escolas em que ainda preciso me especializar. Também fui aprender outro idioma, porque tenho projeto na China. Eles estão mudando a filosofia, pode ver a última janela de contratação. O foco deles mudou. Estão conversando com vários profissionais de fora. Tinha reuniões com várias pessoas lá, que foram canceladas, peço desculpas. Conversei com dois clubes nos quais passei muito tempo. Um deles foi o Figueirense, mas achei que era não o momento. O Atlético-MG é uma convocação, não é um convite”, disse.

O baiano chega para substituir Roger Machado, que teve dificuldades e deixou a equipe mal no Brasileiro. Após mais uma derrota em casa, essa com o treinador interino, ocupa a 13ª posição no nacional. Para Micale, é importante resgatar a força como mandante do clube.

“Pretendo me adequar às características dos jogadores. Não adianta querer ter uma equipe de posse de bola se os jogadores não têm essas características. Tentaremos, dentro do possível, voltar ao nosso perfil. Que é ser agressivo, dentro da nossa casa. As nossas principais conquistas foram assim e nos acostumamos a isso. Nosso padrão é esse. Mas tenho que tentar tirar o melhor de cada um dentro de suas características”, afirmou.

O profissional de 48 anos ficou conhecido do público brasileiro por causa da medalha de ouro na Olimpíada de 2016. Para ele, há uma pressão parecida entre a seleção brasileira e o Atlético-MG.

“Estou vivendo exatamente o que vivi nos Jogos Olímpicos. Era um treinador desconhecido do povo brasileiro, lidando com estrelas do futebol mundial, tentando implantar uma filosofia que eu acredito. No início, foi tudo lindo e maravilhoso. Após dois jogos, Iraque e África do Sul, não vieram os resultados, acabou o mundo. Hoje, no Atlético-MG, um clube de massa, a torcida é apaixonada, acostumada a vencer, como a seleção brasileira, o elenco é muito bom. Precisamos só ter tranquilidade, lembrar de tudo que fizermos de bom.”, afirmou.

Será o maior desafio da carreira de Micale, que foi treinador de equipes principais apenas no Grêmio Prudente, em 2011, e como interino do Figuirense, em 2008. O treinador se sente preparado para a tarefa.

“Se vai dar certo no resultado, o tempo vai dizer. Mas me sinto apto, me preparei para ela. Sou formado, me especializei fora do país. Fui ver o que Barcelona faz, Real Madrid, Benfica, Porto, seleção portuguesa. Fiquei 50 dias estudando na Europa. Tenho o conhecimento teórico, me sinto preparado. Sou ex-atleta, fui goleiro meia boca. Parei porque era ruim. Mas o que diz é o resultado final. Se o Neymar erra o pênalti (na Olimpíada), que graças a Deus não errou, estava na escolinha do Paraguai. Minha carreira estava acabada” , concluiu.

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