O que parecia impossível para muitos tornou-se real nessa terça-feira (23) à noite. O Gocil/Bauru, que começou a temporada sem figurar entre os grandes favoritos, chegou à final do Novo Basquete Brasil (NBB) 2016/17. Será a terceira decisão consecutiva de Nacional dos Guerreiros, que reverteram a série semifinal – após estar perdendo por 2 a 0, foi buscar a virada. Nessa terça, diante de um ginásio Panela de Pressão completamente lotado, Bauru venceu por 66 a 60 e vai para sua nona final consecutiva, desde 2014 (duas de Paulista, uma de Sul-Americana, duas de Liga das Américas, uma no Mundial de Clubes e a terceira no NBB).

Agora, a final será contra o Paulistano, em melhor de cinco jogos. Pela primeira vez o NBB terá um clube paulista como campeão – apenas Flamengo e Brasília venceram o torneio nas oito edições anteriores. A última vez que um clube de São Paulo foi vencedor do Nacional, ainda na época da CBB, foi o COC de Ribeirão Preto, em 2003.

Bauru foi campeão em 2002, com o Tilibra/Copimax, e estes são os dois únicos títulos brasileiros do basquete paulista neste século. O campeonato de 2006 segue sob júdice, com Brasília, Franca e Ribeirão Preto pleiteando o troféu. No NBB, que começou a ser disputado em 2009, os dois times que chegam à decisão desta temporada, já sentiram o gosto de disputar uma final: o Paulistano, em 2014, e Bauru, em 2015 e 2016. Nas três ocasiões, o Flamengo foi campeão.

O JOGO

Bauru começou nervoso na partida, tanto que o time não acertou nenhum dos oito chutes de três pontos do primeiro período. No garrafão, a equipe conseguiu pontuar com Shilton, Jefferson e Léo Meindl, mas o Pinheiros converteu bolas do perímetro com Ruivo e Holloway. A parcial terminou com o time da capital paulista na frente, 17 a 11.

No segundo período, após tanto insistir, na 14ª tentativa, Bauru converteu seu primeiro chute do perímetro, com Valtinho. A equipe foi ganhando moral em quadra e acertou mais bolas de três, com Valtinho e Jefferson, e próximo da cesta com Alex. O empate veio justamente em cesta do “Brabo”. No lance seguinte, Jefferson deu um toco em Holloway e no ataque virou o placar, 24 a 22. A vantagem aumentou mais um pouco, e no intervalo o time da casa vencia por 34 a 26.

O terceiro quarto foi equilibrado, e Bauru contou com grande atuação do jovem ala/pivô Gabriel Jaú, acertando bolas de dois e três pontos, e do ala Gui Deodato, que levantou a torcida com bela cravada. A vantagem no último período não era grande, mas foi suficiente para os bauruenses administrarem.

Novamente Valtinho e Gui tiveram boa atuação. Em uma das jogadas mais bonitas do jogo, Bauru fez rápida transição da defesa para o ataque, com bola de mão em mão, e Jefferson passou para Gui cravar. Neto descontou em chute de três e a diferença caiu para apenas dois pontos. Mas nos três minutos finais, Bauru controlou as ações do jogo e fechou com vitória por 66 a 60.

SUPERAÇÃO

O pivô Shilton, que assumiu a titularidade após a saída de Rafael Hettsheimeir, no meio da primeira fase, destacou a superação da equipe ao longo do campeonato. “Conseguimos virar essa série com o que temos de melhor, a defesa. Hoje (ontem) levamos 60 pontos, mostra o quanto trabalhamos a defesa o ano inteiro. Os resultados do começo da temporada não correspondiam como estávamos em quadra, a dedicação foi muito grande de todos no elenco e comissão técnica. Isso não é algo de duas, três semanas, é da temporada inteira”, disse.

O ala/pivô Gabriel Jaú, considerado uma das revelações de Bauru, falou do crescimento do time. “Tive a oportunidade de entrar nos playoffs e ajudar bem a equipe. Todas as vitórias foram importantes. É o primeiro ano que eu estou jogando para valer no profissional, vamos buscar o título”, apontou.

Para o técnico Demétrius Ferracciú, superação foi a palavra dessa temporada. “Superamos as dificuldades todos os dias, desde a montagem da equipe. Isso mostra a dignidade do elenco, de acreditar o tempo inteiro, e ter uma força mental para superar dois playoffs em que saímos atrás. Temos que exaltar o comportamento dos jogadores, que se dedicaram muito, conseguimos nos fortalecer como grupo. Não podemos confundir agora confiança com euforia”, finalizou o treinador.

Finais

Após o jogo dessa terça-feira (23), o gerente técnico da Liga Nacional de Basquete (LNB), Paulo Bassul, confirmou que a final começa no próximo sábado (27), às 14h, com o Paulistano mandando o confronto no ginásio Antônio Prado Júnior, em São Paulo. Já o segundo jogo da série será no dia 2 de junho (sexta-feira), às 19h30, no ginásio Panela de Pressão. O terceiro jogo, também com mando de Bauru, ocorre em 4 de junho (domingo), mas não será no Panela. Os jogos 4 e 5, se necessários, serão nos dias 10 e 17 de junho (ambos sábados), respectivamente.

“Os jogos que podem decidir o campeão precisam ser em ginásios maiores. Os dois primeiros podem ser na casa das equipes, mas os jogos 3, 4 e 5 serão em arenas maiores”, explicou Bassul ao JC. Bauru indicou duas opções para o jogo 3 (e um eventual jogo 5): o ginásio Mário Covas, em Botucatu, ou o ginásio Gigantão, em Araraquara. O ginásio Neusa Galetti, em Marília, que abrigou as finais em 2015 e 2016, não foi cogitado desta vez.

O gestor do Bauru Basket, Vitor Jacob, explica que as duas opções são interessantes. “Do jogo 2 para o 3, não temos como montar uma estrutura. Então vamos conversar amanhã (hoje) para definir isso”, frisa.

Pesa a favor de Araraquara o ginásio mais preparado, porém Botucatu ganha no aspecto logística para a presença da torcida, pois está mais perto e com rodovia melhor, totalmente duplicada. O esquema de venda de ingressos para o jogo 2 (na Panela) e 3 (Botucatu ou Araraquara) será divulgado nos próximos dias.

Acabou!

Bauru está na final. Festa no Panela de Pressão. Vitória de 66 a 60.

Torcida grita eliminado

Em coro, público presente no ginásio grita “eliminado” para o Pinheiros, faltando 21 segundos. Bauru 66 x 57.

Trinta segundos

Erro de saída de bola do Bauru e posse de bola do Pinheiros. Os adversários, com o Neto, arrisca de três pontos e erra.

Últimos instantes

Jogo entra no minuto final, com Bauru vencendo por 65 x 57, após Valtinho acertar chute de três pontos. Pinheiros para o jogo com tempo técnico.

Gui Deodato repete feito do Neto

Assim como no lance anterior, Gui Deodato errou o primeiro chute de três, pegou o rebote, trocou passes, recebeu novamente e acertou bela cesta de três. Bauru 58 x 53 Pinheiros.

Neto põe o Pinheiros no jogo

O armador Neto, do Pinheiros, teve personalidade para chutar duas vezes de três pontos, acertar e recolocar o time adversário no jogo, a 5m52s do final. Bauru 55 x 53 Pinheiros.

De mão em mão, no 4/4

Logo no começo do último período, Bauru faz grande jogada de transição, com bola de mão em mão, até Jefferson tocar para Gui Deodato enterrar. Bauru vencendo por 51 x 44, a 8 min do final do jogo.

Público oficial divulgado

2.077 presentes

Final do 3/4, Bauru vence por 49 x 42

Bauru tem pontuação bem distribuída entre seus jogadores. Jefferson é o cestinha do jogo, com 21 pontos. Pelo Pinheiros, Gemerson e Holloway fizeram 10 pontos cada.

Bauru era cestas fáceis, mas segue forte na defesa

Gegê, sozinho na linha dos três pontos, errou. Na sequência, Alex Garcia perdeu bandeja que parecia simples de pontuar, mas, em compensação, no contra-ataque, o time de Bauru consegue, por duas vezes, parar o Pinheiros.

Bauru se mantém na frente

Gui Deodato faz bela jogada individual, infiltra e crava, levantando a torcida. Bauru vence por 47 x 38, restando 3 min para o final do terceiro período.

Pinheiros volta forte

Ansaloni agride ofensivamente, sofre falta e converte os lances livres.

Jogo recomeça

Bauru volta à quadra. Até o prefeito Gazzetta está no ginásio. O ex-jogador do Bauru, Murilo Becker também está presente, vendo o jogo do meio da arquibancada.

Fim do segundo quarto (intervalo)

Bauru vai para o vestiário na frente, por 34 x 26. Valtinho, Jefferson, Alex e Leo Meindl conduziram a reação do Dragão, que fez incríveis 23 x 9 no segundo período para virar o placar.

Jefferson acertou a mão

Bem na partida, Jefferson acertou a primeira de três dele, a segunda do time. A média na partida é baixa: 2 para 8 arremessos.

Pediu tempo

Demetrius Ferracciú pediu tempo para o Bauru, no final do segundo quarto. Orientação na jogada ofensiva. Bauru 31 x 26, faltando 35 segundos.

Ufa, três pontos

Valtinho, enfim, após sete tentativas erradas do time, acerta a primeira cesta de três para Bauru, que segue na frente: 29 x 26

Virada

Na jogada seguinte, Jefferson dá um toco em Holloway e levanta a torcida. Bauru agora na frente, com bola de Jefferson, 24 x 22. Pinheiros para o jogo faltando 3m12s para o final do período.

Reação

Bauru empata com bola de Alex, 22 x 22.

Jefferson bem no rebote

O ala-pivô do Bauru pegou rebote defensivo após chute de três pontos do armado Neto, do Pinheiros.

Alex desequilibrando

O armador bauruense fez boa jogada diante de dois marcadores e faz bela bandeja. Na sequência, mais dois pontos de Brabo. Bauru (diminui a diferença): 18 x 21 Pinheiros. O time da capital pediu tempo técnico, a 6 minutos do final do período. Shilton é outro que está bem no jogo.

Segundo quarto em andamento

Pinheiros segue na frente e abre vantagem de 9 pontos, faltando 7 minutos e 46 segundos.

Fim do 1/4: Bauru atrás

Bauru perdeu o primeiro quarto do jogo por 17 a 11. Demetrius Ferracciú cobra mais trabalho ofensivo e menos erros de seus jogadores.

Faltando 1m14s para o final do 1/4

O Pinheiros abre vantagem, 17 x 9, e o técnico Demetrius Ferracciú para o jogo. Bauru já chutou sete bolas de 3 pontos e não acertou nenhuma.

Fonte