O Atlético-MG adotou a tática da mudança para interromper a irregularidade no Campeonato Brasileiro e voltar ao caminho da busca pelo título da competição. Do período que o time colheu os piores resultados para cá, alguns jogadores importantes mudaram o perfil de jogo em prol da melhora do conjunto alvinegro.

O pior resultado da equipe, a goleada por 4 a 0 sofrida para o Santos, há quatro rodadas, fez com que os jogadores conversassem entre si para uma melhora imediata. Na ocasião, a diferença de pontos para o líder Corinthians chegou a sete pontos, a maior até aqui. E a principal consequência das conversas foram os ajustes que o time teria que fazer para não sofrer tantos gols e ser mais efetivo no ataque.

Entre as mudanças na postura da equipe – que venceu duas partidas e empatou uma fora de casa nos últimos três jogos -, as mais significativas foram protagonizadas pelo lateral Marcos Rocha e pelos atacantes Luan, Thiago Ribeiro e Lucas Pratto.

Como “mutantes”, os jogadores, que vinham sendo criticados pela irregularidade, adotaram características importantes para a melhora no rendimento da equipe. Para o ataque, por exemplo, Thiago Ribeiro passou a se preocupar em marcar gols e não o adversário. Por isso, atua mais próximo da área e ajuda o necessário na recomposição. O resultado foi um gol contra o Joinville, mesmo saindo do banco de reservas, e a ajuda na abertura do placar na vitória sobre o Coritiba, já como titular.

Lucas Pratto é outro “mutante” alvinegro. O artilheiro do Galo no Brasileirão passou a ser garçom nas últimas rodadas, e o time ganhou mais uma arma ofensiva. Deu passe para o gol de Luan, contra o Joinville, além de ter marcado um e ter participado diretamente dos outros dois na vitória de 3 a 0 sobre o Coritiba.

Defesa

Bastante criticado na parte defensiva, Marcos Rocha passou a se preocupar mais com as descidas dos adversários pelo setor. Acostumado a apoiar no ataque, o lateral começou a auxiliar mais a defesa.

Luan, que atua pelo mesmo setor que Rocha, também mudou a postura. Apesar de ser atacante, se preocupa primeiro em ajudar o companheiro na marcação pela direita, e depois auxiliar os atacantes.

– Tinha as críticas ao Rocha, mas o lado direito é forte. A gente sabia que tinha que trabalhar, ter a consciência de sair para o contra-ataque, mas não ficar muito exposto. Nos últimos jogos, o Rocha fez excelentes partidas. O Thiago tem a característica de ficar um pouco mais na frente, é um finalizador. Eu sou um pouco mais de marcação e sair no contra-ataque. Faço o que o Levir pede. O pessoal fala que eu tenho três pulmões (risos). Torcedor não entende e quer ver o Luan lá na área toda hora. E não é assim. Às vezes, fico um pouco mais (recuado). Sobre o Pratto, é fundamental ele fazer essa movimentação. Abre espaços para mim, para o Thiago, e até para o Giovanni (Augusto), que fez gol no último jogo. Se a gente trabalhar em conjunto e tiver unido, temos tudo para fazer grandes partidas nessas nove que faltam – avaliou Luan.

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